domingo, 25 de setembro de 2011

A Importância do Teatro Evangélico

Eaê galera! A paz do Senhor a todos!!

Cinco anos. Cinco anos está realizando o grupo de teatro evangélico de que participo. Várias apresentações. Algumas que a maioria não lembra. Outras inesquecíveis, (Pois “se é gospel, pode”). Muitas alegrias, e muita dor de cabeça - principalmente pro diretor... eu (rsrsrs). Muitos foram convidados por mim para fazer parte da equipe (e se você é membro da minha igreja e ainda não foi convidado, sinta-se convidado neste momento). Sem dúvida, passamos por muitas coisas. Graças a Deus estamos completando cinco anos de grupo e não podíamos deixar esse momento tão especial passar em branco. Hoje, comemorando os cinco anos da equipe teatral da Cia Expressão de Louvor, venho falar sobre a importância do teatro evangélico, na igreja e fora da igreja. Esse artigo foi feito baseado do livro de Cilene Guedes, "Teatro Evangélico" da editora Jumoc (recomendo).


1.       O crescimento do teatro evangélico

O teatro evangélico tem crescido e se aperfeiçoado. Tem se mostrado aplicável a praticamente todos os ministérios – do ensino infantil a evangelização de adultos. Muitos talentos estão surgindo, gente jovem e disposta a fazer um bom trabalho.
Algo que se tem notado há alguns anos é que o teatro evangélico tem crescido muito pelo Brasil. Nunca houve um interesse tão grande dos evangélicos brasileiros em teatro como nos últimos tempos. Mais do que nunca, estamos usando este meio para evangelizar, ensinar, edificar e, também, divertir. Vários congressos e mostra de artes evangélicas têm sido realizados pelo Brasil todos os anos; sendo um dos mais famosos o Resgatarte (que inclusive vai haver um congresso Resgatarte em novembro deste ano na Ceilândia, e já estou lá). Já ouviram falar da JOCUM? Jovens Com Uma Missão é uma missão internacional e interdenominacional, empenhada na mobilização de jovens de todas as nações para a obra missionária. Teatro é disciplina obrigatória na JOCUM.

Estão surgindo grupos especializados em teatro infantil. Outros só trabalham com mímica e dança. Outros são especificamente evangelísticos e há os que buscam atingir diretamente artistas e intelectuais não cristãos.

Nas igrejas onde não existe um grupo que trabalhe apenas com teatro, o interesse também é grande. E, aos poucos, o conjunto de pessoas que se une para montar uma só peça cede lugar ou torna-se um grupo fixo. Foi o que aconteceu na minha igreja a cinco anos (outubro de 2006).

Tudo isso nos leva a admitir que o teatro evangélico está em franco crescimento e começa a ser visto como um ministério dentro da obra de Deus.


2.       O preconceito

Não é difícil encontrar cristãos que considerem o fazer teatro como algo mundano. Muitas igrejas ainda não consideram as artes como forma de louvor a Deus, em virtude de como as artes são usadas mundo a fora. Mas só porque essas artes são usadas de formas mundanas ou pecaminosas quer dizer que não são de Deus?

Você já foi na praia no dia 1º de janeiro (após o “Ano Novo”)? Quem já foi no litoral do Brasil nessa época sente na pele o estado em que ficam as praias. Toda sorte de detritos é lançada ao mar ou deixada na areia, em atitude de adoração aos deuses das religiões afro-brasileiras.

Porém, você e eu sabemos que o Criador, tanto do mar quanto de toda a natureza, é o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo; e sabemos também que a beleza e a força do mar e de toda a natureza são reflexos da glória de Deus. Aí, eu pergunto: o mar deixa de ser criação do Deus verdadeiro enquanto usam-no para cultuar falsos deuses? Não. Deus não rejeita o mar, nem o louvor das ondas. Deus rejeita o que é feito com eles nessas ocasiões. Da mesma forma ocorrem com os talentos.

Deus criou os mais diversos tipos de talentos: a dança, o canto, o desenho, a habilidade de tocar instrumentos musicais, dentre muitos outros. Desta forma, vemos que Deus deu a cada pessoa um talento especial para adorá-lo, louvá-lo e glorificá-lo. Mas, da mesma forma que muitas pessoas usam o mar de forma diferente do que Deus pretendia ao criá-lo, muitos usam os seus talentos de forma errada.

O teatro, e as artes em geral, em muitos momentos da história, foram usados de forma errada. É como se a arte dramática fosse uma belíssima praia que, em horas, ficou entulhada de detritos. Isto explica o preconceito existente nas igrejas; mas, logicamente, não o justifica. Muitas vezes, preferimos desprezar o que está sujo, quando a atitude certa seria limpar. Os cristãos vêem como as outras pessoas usam o teatro e o tacham como algo que não vem de Deus – como algo do Diabo – simplesmente porque viram outros colocando os mesmos talentos a serviço dos senhores deste mundo. E isso é umas das táticas do Diabo: roubar os nossos talentos. O preconceito foi o meio que Satanás achou para encobrir o seu roubo. Quando dizemos que o teatro, a dança e outros tipos de talentos são “mundanos”, “diabólicos” ou “profanos”, estamos entregando esses talentos nas mãos do Diabo e perdendo algo muito valioso, sem perceber. Enquanto o estivermos “alimentando” esse preconceito, estaremos deixando nas mãos do inimigo uma arma poderosa que deve ser usada por nós, segundo o propósito de Deus ao criar e doar nossos talentos.

Deus, quando dá um talento para cada um de nós, tem um propósito. Ele não dá por acaso ou aleatoriamente. Ele tem propósitos relacionados às nossas vidas e à guerra espiritual em andamento.

A parábola dos talentos é uma excelente ilustração disso (Mateus 25. 14-30). O senhor confiava aquela quantia aos seus servos, não para virar um efeito ou ser enterrada. O propósito era que os seus servos aplicassem os talentos, trabalhassem com eles, de tal forma que dessem lucro. Assim também, Deus dá potencial para que o transformemos em realizações. Se, De algum modo, nossas realizações resultarem em edificação, salvação de vidas, então houve lucro. Houve vitórias no plano espiritual.

Tenho uma história muito interessante sobre um dos resultados da nossa primeira apresentação aqui na minha igreja. O filho do meu pastor, Estevão, tinha um cachorro chamado Spike. Certa vez, Spike sumiu e, logicamente, Estevão ficou triste por muito tempo – chegando a dizer que não queria nenhum outro cachorro se não Spike. Depois de muito tempo, Estevão e sua mãe, Claudinéia, acharam Spike na rua e o levaram para casa. Passou um dia e, na manhã seguinte, Spike sumiu de novo (dessa vez por definitivo). Pouco tempo depois, eu e o grupo no qual participo realizamos nossa primeira peça que por acaso foi no dia das crianças. Essa peça, na verdade, eram três textos unidos em um; e uma das mini-peças era a peça chamada “O Ladrão de Alegrias”. Essa peça mostrava crianças sendo roubadas pelo ladrão de alegrias, sendo que suas alegrias eram brinquedos e outros objetos. No final da peça, era ensinado que a verdadeira alegria, que só Jesus pode dar, não pode ser roubada por ninguém e, assim, o ladrão de alegrias perdia a sua força. Logo após a peça, Estevão foi a te Claudinéia e disse: “Mamãe, o ladrão de alegrias queria levar minha alegria quando levou o Spike; mas ele não pode levar minha verdadeira alegria, que é Jesus”. Não preciso dizer que quando o grupo soube dessa história, os olhos de todos se encheram d’água.

É como diz a palavra de Deus: “Pelos frutos vos conhecereis”. E ,por meio dessa apresentação, bons frutos foram colhidos. Então vem a pergunta: se um trabalho feito na igreja dá bons frutos, ele é da vontade de Deus? É claro que sim. Por isso, podemos afirmar que teatro evangélico faz parte da perfeita vontade de Deus; e não devemos aceitar que alguém diga que o teatro evangélico não é algo dado a nós por Deus.


3.       A diferença do teatro secular e o evangélico

A diferença entre o teatro secular e o teatro evangélico é que: o teatro evangélico é aquele que traz Cristo para o palco, não necessariamente como um personagem, mas como presença viva naqueles que montaram o espetáculo. Esta situação não cria um rótulo diferente, mas um objetivo próprio: colocar o teatro a serviço do reino. Comédia, tragédia, monólogo, pantomima, teatro infantil, drama litúrgico, tudo isso é rótulo. Qualquer dessas ou outras formas de fazer teatro podem ser evangélicas, desde que haja o objetivo, mesmo que não explícito no texto, de fazer teatro por Deus e para Deus, em primeiro lugar. Essa é a diferença do teatro do mundo e o teatro evangélico: a presença de Jesus no palco; mais precisamente no coração de quem trabalhou na montagem do espetáculo. Trata-se de intenção sincera de entregar cada movimento, cada fala, cada música, cada imagem como louvor a Deus; juntamente com o desejo de que seu público possa conhecê-lo mais a fundo, através da mensagem veiculada. É trazer Jesus para perto do público. É dividir a vida que há em nós com os outros. Logo, é engrandecer o reino de Deus. Por isso, na hora de chamarmos de algum trabalho de evangélico, ou mesmo cristão, devemos levar em conta, não a sua forma, mas seus objetivos.


4.       Atributos do teatro

O teatro possui atributos únicos que ajudam na transmissão de uma mensagem. Depois de tudo isso que eu mostrei para vocês, é impossível não afirmar que o teatro é uma arma muito eficiente. E o motivo dessa arma ser tão eficiente e, cada vez mais, usada nas igrejas são seus atributos. Os principais atributos do teatro são estes:
O teatro dá acesso: Quando você se sente mais seguro de um fato: sendo testemunha ocular ou ouvindo a narração de terceiros? Quando é mais fácil discernir uma emoção: quando ela está escondida no dia-a-dia atribulado das pessoas ou estampado não rosto de um interprete? Quando você entende melhor uma aula: quando o professor só fica teorizando ou quando dá exemplos práticos do que quer dizer? O teatro é como uma janela que dá acesso a vida das pessoas, os fatos que as cercam e as emoções que, lá, podem ser expostas. O teatro é o próprio exemplo. Ele dá um acesso facilitado à compreensão da mensagem, daquilo que é apresentado.

O teatro envolve: O teatro tem potencial para envolver o público de forma tão intensa que, quando esse potencial é aproveitado, fica quase impossível não prestar atenção. Que faz uma dramatização para um público presente, é capaz de mexer, ao mesmo tempo, com os sentidos, a imaginação e a emoção das pessoas.
O teatro mexe com os sentidos: Ao contrário da televisão e do cinema, o teatro proporciona uma proximidade maior com o público, possibilitando uma maior exploração dos sentidos do público. De acordo com a peça, o espectador pode colocar, além da visão e da audição, o olfato, o tato e até o paladar, funcionando em conjunto, para perceber o que acontece em cena. E quem não sabe que os nossos sentidos são os principais responsáveis pela percepção do mundo exterior? Com o teatro, é possível abraçar praticamente toda a capacidade perceptiva do público. Há muitos grupos em São Paulo, inclusive, que exploram essas possibilidades de trabalharem com os sentidos do público.

O teatro mexe com a imaginação: O interesse do público vai depender muito do quanto ele tem espaço para usar a sua própria imaginação. Quando alguém vai ao teatro – ou a qualquer peça que esteja acontecendo – está dispondo-se, por alguns instantes a ser cúmplice do ator; a acreditar nele. Sabendo ou não que se está diante de uma dramatização, nossa imaginação acaba sendo ativada. E existe um lado criança em todos nós que gosta de colocá-la para funcionar. O teatro alimenta o gosto pelo sonho, que torna a vida mais divertida. Você pode dizer: “Pedro, isso é fugir da realidade”. Não necessariamente. Lembra que Jesus usava parábolas para ensinar? Primeiro ele levava as pessoas a imaginarem uma situação. E nem sempre explicava que lições tirar dali; deixava isso, também, por conta da imaginação de cada um. Vê se que Cristo agia assim, não para incentivar a fuga da realidade; pelo contrário, Jesus trazia as pessoas a ela.

O teatro mexe com as emoções: Outra maneira pela qual o teatro pode envolver o público é emocionalmente. Sendo um “espelho da vida”, ele é capaz de gerar reflexos; distorcidos ou não. Por isso, pode provocar mo espectador um encontro consigo mesmo. Quando esse encontro acontece, a tendência é a comoção, o choro, a alegria, a uma atitude reflexiva ou até ao choque. Esse encontro é quase espontâneo, fruto da própria arte. O teatro não é feito para o ator ou para o diretor ele é feito para o público. Então é preciso fazê-lo de modo que o público se sinta identificado com ele. É inevitável que minhas emoções sejam tocadas ao perceber parte de mim sendo interpretada por um ator, sob a observação de outras pessoas.

“Nosso teatro é a arte de se usar tudo para ser, por alguns momentos, quem não se é, para, sendo quem não se é, sabendo-se que não é, ganhar outros que não sabem que são, porquê são, onde estão e para onde vão.
(Adelino Fernandes, líder de jovens)

O teatro cativa: Existe uma coisa nas peças de teatro chamada conflito. O conflito é a razão porque a história existe e a partir da qual se desenrola, objetivando sempre resolvê-lo. Um público envolvido com o espetáculo vai, certamente, querer saber que solução será dada ao conflito. Lógico que pouca gente assume ou percebe que a importância adquirida pela resolução do conflito é fruto do desejo de ver problemas resolvidos; pois estes conflitos estão presentes na vida de todos, e não há quem não queira resolvê-los. É aquela história sobre o público se identificar com a personagem e sua situação. A medida que o público percebe, mesmo inconscientemente, que a peça está dando sincera atenção a um conflito seu e até propõe uma solução, ele se sente valorizado e se deixa cativar.
Há outros atributos do teatro, mas apenas estes são suficientes para mostrar que o teatro é realmente uma arma muito eficiente quando o objetivo é impactar o público.


5.       Conclusão

Para encerrar, tudo que foi apresentado aqui mostra a importância de se trabalhar com o teatro. O teatro é sim uma grande arma que deve ser usada a serviço do Senhor. Deus deu a cada um de nós um talento para oferecermos como instrumento de louvor e adoração a Ele. O dom do canto, da dança, do teatro, do desenho, da palavra... e não devemos, de forma alguma, guardar esses talentos para nós mesmos. Devemos usá-los de modo que estes sempre dêem bons frutos. Vimos também, que o teatro evangélico é aquele que traz Cristo para o palco e, conseqüentemente, para a vida daqueles que assistem. Conhecemos os atributos do teatro que o fazem ser essa arma poderosa de evangelismo. Enfim, é incontestável a importância do teatro na igreja. Eu encerro, agora, dizendo: nunca permita que o teatro seja desprezado por qualquer irmão em Cristo, pois ele é criação do maior artista de todos. Que Deus os abençoe.

Pedro Rois

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Etapas da Preparação de um Espetáculo.

Eaê galera! A paz do Senhor!

Hoje estou postando todas as etapas da preparação de um espetáculo teatral, desde a escolha do texto até a apresentação. É um texto muito interessante e, sem dúvida ajudará na hora de preparar uma peça. É importante lembrar que não é estritamente necessário passar por todas essas etapas, levando em conta que há vários tipos de espetáculos (com ou sem cenário, música, figurino...).

Grande abraço.

 Pedro Rois

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Etapas do processo:

1.    Escolha do texto:
Nessa etapa pode-se pegar um texto pronto, adaptar um texto ou escrever uma peça (sozinho ou com dramaturgo), lembrando sempre em deixar claro qual o objetivo de se apresentar essa peça.

2.  Teste para o elenco:
O diretor abre testes (textos para decorar e apresentar) e propõe exercícios onde ele pode observar quem pode participar do espetáculo e tenha a liberdade de escolher o elenco. Este é o momento de observar seus atores para a escolha das personagens. Vale lembrar que na montagem de um espetáculo, nem sempre todos irão atuar. Deste modo, pode-se direcionar os atores restantes para algum trabalho nos bastidores (maquiagem, sonoplastia...).

3.   Leitura do texto:
Etapa de apresentação do texto, para que os atores conheçam o texto e entendam a ideia. Todos devem ler o texto fazendo o rodízio de personagens. O diretor observa que melhor interpreta a personagem (apesar de já ter em mente que deve fazer determinado papel). Essa etapa é seguida de exercícios práticos onde o diretor pede aos atores que façam improvisos de cena do texto (sempre mudando as pessoas que farão as personagens) para que ele possa ter certeza na hora da escolha de papéis. É bom que nessa etapa já seja fixada a data do espetáculo.

4.  Distribuição das personagens:
Depois de observar atentamente os atores, em exercícios físicos, leituras e improvisos de cenas, o diretor reúne os atores e distribui as personagens da forma que julgar adequada (a partir daqui, o diretor não tem a opção de mudar instantaneamente os papéis, pois o ator pode se desenvolver melhor em ensaios futuros, mas futuramente poderá fazer a troca de atores se perceber que o substituto pode desenvolver melhor a personagem). Deve-se advertir os atores sobre uma futura troca, se preciso.

5.  Leitura dirigida:
São feitas "leituras de mesa" com o diretor, acompanhando cada texto e trabalhando as intenções que ele julgue necessárias para os personagens. É a hora dos atores proporem a sua interpretação do seu personagem, e o diretor deve direcionar a leitura (mas rápido, devagar, emoção, etc.). Os atores começam a decorar (não é obrigatório nessa etapa) e propor jeitos de interpretar o personagem (modo de falar, tiques...), mas sempre apresentar suas intenções ao diretor, para que não venha interpretar de uma forma contrária àquilo que o diretor espera. É claro que tudo não será feita apenas da forma do diretor. Dependendo, as ideias podem ser mescladas, melhorando o personagem que será apresentado.

6.  Improviso de cenas:
Com base nas leituras e nas pesquisas das suas personagens, os atores começam a improvisar cenas, propondo para o diretor um "esqueleto" de cada cena. Nesta etapa, podem ser vistos filmes, palestras, documentários, poesias... (etc.) sobre o assunto da cena/peça (as características da época, mundo acerca do personagem, emoções) para que se tenha uma base sólida na interpretação/construção da cena. A equipe técnica pode/deve ser convidada para essa etapa para já terem uma ideia de o que deverão fazer daí para frente.
Dica1: Os improvisos podem ser feitos com o roteiro em mãos ou o texto decorado, e estes devem ser apenas em cima de uma cena da peça.

7.   Reunião com a produção (cenógrafo, sonoplasta...)
O diretor começa a se reunir com a equipe técnica falando suas ideias e o que deseja com o espetáculo. Neste momento ele mostra algumas cenas que já devem ter um esboço de como serão, lembrando que estes elementos (música, cenário, figurino...) devem servir aos atores e ao espetáculo. Lembrando que todos da equipe técnica devem ter o roteiro em mãos. É bom que a equipe técnica esteja na primeira reunião com os atores, na apresentação da peça, para já conhecerem a peça e já começarem a pensar e pesquisar sobre o que devem fazer.

8.   Montagens de cenas:
Depois dos improvisos, deve-se começar a marcar as cenas como devem ser feitas (depois de adaptar as cenas através das propostas). O diretor deve cuidar de toda a movimentação dos atores, as intenções de cena, aonde “irão” as músicas, que tipo de luz é a melhor para cada cena...
Dica1: Ensaios de escalas: ensaios direcionados a cenas com os mesmos atores.
Dica2: Determinar uma sala de ensaio e outra para que os atores que não estão ensaiando, decorem e passem com os outros atores enquanto não chega a hora de ensaiarem com o diretor.

9.  Criação de trilhas sonoras:
Tome cuidado com direitos autorais! Se for uma trilha original, se reúna com o músico várias vezes e mostre os tempos das cenas, as intenções e emoções.
  
10.   Acompanhamento na criação de cenários e figurinos.
Mostre cenas montadas para facilitar o processo de criação dos responsáveis pelo cenário e figurino.

11.      Ensaios com cenários:
Os atores ensaiam com os cenários, percebendo que, agora, o espaço é outro. Tem que existir uma relação e integração entre os atores e o cenário – isso também se aplica a figurinos, como será apresentado a seguir.

12.    Ensaios para prova de figurino:
Os atores interpretam as cenas com os figurinos do espetáculo para se acostumarem com ele. Esta etapa serve também para ajudar na construção da personagem.

13.    Ensaio para teste de iluminação:
Com o cenário e os figurinos em cena, é bom verificar, descobrir e escolher quais os efeitos que serão usados. A iluminação, como a música, ajudará com a emoção da cena.


14.    Início dos ensaios gerais (ensaios de ajuste):
Cenas prontas são feitas em ensaios gerais, apenas com músicas e cenários - ou partes essenciais deles. Os ensaios gerais são necessários para que o espetáculo ganhe um ritmo. É necessário que o diretor veja em que momento o espetáculo está muito lento ou pede ritmo, tomando cuidado para não cansar a platéia. É hora de ver o espetáculo como um todo, vendo se todas as cenas se encaixam, as emoções estão corretas, se os cenários funcionaram bem e se a música está adequada.

15.    Ensaios gerais (com todos os recursos necessários)

Depois de todas essas etapas vem, enfim, o dia da apresentação.
Bom espetáculo!